Temos falado aqui sobre como a Covid-19 tem impactado o mundo de modo geral. De maneira mais específica, já abordamos áreas como cultura, educação e eventos. Hoje, optei por conversar com você sobre a tecnologia. Entre outros motivos, porque, tenho certeza, este artigo está sendo lido neste exato momento em um computador/notebook ou em um celular. A tecnologia está a um palmo de distância.
O setor tecnológico é um dos que mais se fortaleceram em meio à pandemia. Não quero dizer, contudo, que não devamos nos proteger e evitar o contágio dessa doença que já matou mais de 170 mil pessoas somente no Brasil. Apenas chamo atenção aos dados; quero compreender com você como isso impacta na sociedade. Já temos algumas informações consolidadas sobre o setor nesse momento. Apresentarei algumas delas e refletirei sobre. Venha comigo.
Talvez o principal impacto sentido por você e por mim nesta pandemia tenha sido o home office, mesmo que de forma indireta. Para evitar a propagação do vírus, empresas de diversos setores optaram por deixar os colaboradores em casa. Até agora, temos noção de que ao menos uma lição foi aprendida: desempenhar o trabalho fora do local costumeiro é algo possível. Dependendo do setor, funciona de maneira mais efetiva – e para ambos os lados. O empregador reduz custos fixos na empresa; o empregado corta o tempo no trânsito e fica mais à vontade atuando diretamente do conforto de seu lar. Há muito o que ser melhorado, claro, e 2021 está logo ali para que essas experiências sejam aprimoradas. 2020 também mostrou a importância da internet. Empresas do setor alimentício, por exemplo, expandiram seus negócios no mundo online e criaram serviços de entrega. Apesar da queda no faturamento, caminhos alternativos foram desenvolvidos[1]. E graças à tecnologia.
Em seguida, temos o fator educação. Principalmente no primeiro semestre, as escolas e faculdades tiveram de se adaptar ao chamado ensino remoto. Há ainda muito o que melhorar, e já tratamos sobre isso no passado. O que destaco aqui é o seguinte: nunca houve tanta procura por programas de videochamada. Os destaques são Google Meet e Zoom[2].
O Google, hoje, é a maior empresa de tecnologia do mundo, atuando em áreas como site de buscas, entrega de publicidade, e-mail e produção/divulgação de conteúdo (Youtube). Como estratégia de fortalecimento de marca, liberou chamadas via Google Meet sem custo e sem limite de tempo (essa proposta se encerrou em outubro). O objetivo está claro: ganhar mercado. Tenho certeza de que o resultado será satisfatório. Esse ponto, o de ofertar serviço de graça para ganhar mercado, é uma das ferramentas do marketing para atrair clientes, e sugiro a você, independentemente do setor em que atue, que pense sobre isso. Aprender com os outros é melhorar a si mesmo.
Nessa pandemia, aliás, ofertar serviço gratuito foi estratégia também em outra área: a de TV a cabo. O fato de as pessoas terem permanecido em casa em boa parte do mundo, principalmente no primeiro semestre deste ano, aumentou o consumo de plataformas de streaming, como Netflix e Amazon Prime[3]. As operadoras de TV a cabo, por sua vez, liberaram o sinal de canais de pacotes mais caros, tentando, dessa forma, evitar que o cidadão deixasse o conforto do lar. Mas não só. Não sei se você sabe, mas a internet e a rede de televisão fechada competem pela mesma fatia de mercado. No primeiro semestre de 2020, portanto, a TV a cabo tentou reter o cliente porque tem visto a migração para o conteúdo digital. Ainda faltam dados consolidados, mas há registros de novos pacotes mais baratos para aumentar o número de assinaturas. É a tecnologia, em meio à pandemia, trazendo benefícios a mim e a você. A nós, os clientes.
A tecnologia também é importante aliada para combater o coronavírus. Temos visto o aumento das pesquisas em todo o mundo para criar a vacina contra a doença. Robôs e supercomputadores têm sido utilizados[4]. Para além da pesquisa, há a questão relativa a conteúdo seguro. A resposta para questionamentos está mais perto do que nunca, em nossa mão. Por meio de algum aparelho tecnológico, podemos buscar na internet as informações relativas à Covid-19. Sites de empresas jornalísticas desenvolveram conteúdo especial quanto ao novo coronavírus, bem como as universidades têm melhorado a divulgação das pesquisas que fazem. Em outras palavras, é a tecnologia proporcionando acesso a mais informação. Indiretamente, é a tecnologia gerando mais tecnologia.
Maringá, por sua vez, se destacou no uso da tecnologia. Quatro empresas criaram um site em que o município divulga as informações relativas à Covid-19. Qualquer pessoa tem em mãos os dados e os impactos da doença no município. Um exemplo unindo parceria entre os setores público e privado, tecnologia e informação. O endereço é o www.notificasaude.com.br. Ao que me parece, isso seria impensável em anos anteriores. Agora, o que mais não pode ser feito? Site com dados sobre a dengue ou outras doenças em nossa cidade. Fica a dica…
Imaginar como será o futuro é um exercício sobre o qual tenho me debruçado. Em relação à tecnologia, é possível afirmar que, cada vez mais, o preço para o acesso do público será reduzido. Além disso, em uma sociedade como a nossa, que busca de informação, viver sem produtos tecnológicos será quase impossível. Em tempos de pandemia, ter dados na palma da mão é uma importante ferramenta que evita o contágio da doença. Melhora a nossa vida. Melhora o mundo.
[1] Conferir: https://www.uol.com.br/nossa/noticias/redacao/2020/04/21/quarentena-restaurantes-inovam-para-entregar-experiencia-e-nao-so-comida.htm;
[2] Conferir: https://tecnologia.ig.com.br/2020-03-16/esta-fazendo-home-office-google-libera-opcoes-de-videoconferencia-gratuitamente.html;
[3] Conferir: https://teletime.com.br/12/05/2020/covid-19-aumento-de-trafego-da-netflix-e-disney-provoca-mudancas-na-rede/;
[4] Conferir: https://www.techtudo.com.br/noticias/2020/03/coronavirus-conheca-oito-tecnologias-que-ajudam-no-combate-a-covid-19.ghtml;