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Como montar o Comitê de Ergonomia?

O COERGO é um grupo de pessoas pertencentes aos diversos setores da empresa que participam ativamente do processo de formação da cultura ergonômica. “O COMITÊ DE ERGONOMIA” é organização e ação”. Os bons resultados em ergonomia, são geralmente encontrados quando trabalhamos com equipes formadas por vários profissionais voltados para este assunto, é com a união destes profissionais, colocando seus conhecimentos voltados para o encontro de soluções adequadas, que obteremos uma boa ergonomia. Atualmente observamos a formação em várias empresas destes grupos multiprofissionais. O nome mais comumente utilizado para estes grupos é o Comitê de Ergonomia (COERGO).

 

MISSÕES DO COERGO

  1. Servir como elemento base para as discussões e o planejamento das ações ergonômicas dentro da empresa
  2. Servir como elemento de referência e de ligação no caso da existência de um consultor externo à empresa (caso mais típico)
  3. Atuar de forma ativa e participativa no desenvolvimento de estratégias e na execução das ações corretivas do processo de ação ergonomizadora
  4. Servir de referencial e de elemento multiplicador de uma cultura ergonômica de melhorias contínuas
  5. Responsável pela formação de uma cultura ergonômica visando:
  • Melhoria da saúde e do conforto
  • Melhoria da segurança nos postos de trabalho
  • Aumento da produtividade
  • Melhoria da qualidade dos produtos e processos
  • Reduzir custos.

 

MEMBROS DO COERGO

A seleção é função:

  1. a) Da representatividade dos setores
  2. b) Dos representantes da maioria dos setores da empresa
  3. c) Da motivação pelo estudo

d)Do conhecimento estrutural e organizacional da empresa (processos e produtos)

  1. e) Dependendo do tamanho da empresa pode variar de 3 a 8 participantes. Se houver necessidade de ampliação, devem ser feitos sub-comitês, com reportação a um gerente ou coodenador do comitê central.

 

EQUIPE DO COERGO:

Médico do Trabalho, Engenheiro ou Técnico de Segurança, Fisioterapeuta do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho, Engenheiros de Produtos e Processos, Gerentes e Supervisores, membros da CIPA.

 

COORDENADOR DO COERGO

A escolha deve recair sobre um perfil específico:

  1. a) ter conhecimento da empresa (da hierarquia e dos colaboradores e domínio dos processos produtivos)
  2. b) ter facilidade de acesso ou livre trânsito entre os diversos escalões da empresa
  3. c) ser carismático
  4. d) ser conciliador
  5. e) ser pró-ativo.

 

ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO

REUNIÃO COM A DIRETORIA

Esta reunião tem por objetivo apresentar a diretoria e alta gerência, a forma como será desenvolvido o trabalho e sua importância, visando estabelecer o compromisso para que o cronograma de trabalho e seus objetivos sejam atingidos.

DEFINIÇÃO DO GRUPO TÉCNICO RESPONSÁVEL PELAS SOLUÇÕES

Devem ser incluídos neste grupo engenheiros e técnicos especializados das diversas áreas da empresa, bem como a equipe de Segurança e Medicina do Trabalho.

Empresa de grande porte e/ou segmentadas, poderão optar pela formação por mais de um comitê, respeitando as divisões ou seguimentos, por ventura existentes (subcomitês).

TREINAMENTO BÁSICO EM ERGONOMIA

Este treinamento será dimensionado de acordo com as necessidades da empresa.

 

ACOMPANHAMENTO DO CRONOGRAMA DE TRABALHO E DO FUNCIONAMENTO DOS COMITÊS DE ERGONOMIA

Objetivos:

Acompanhar, assessorar os Comitês de Ergonomia, de tal forma que os mesmos funcionem adequadamente, cumprindo o programa de trabalho aprovado e dando soluções adequadas de forma a reduzir o risco de lesões por trabalhos repetitivos, traumas cumulativos e lombalgias. Este tipo de abordagem permite ao consultor realizar a auditoria do sistema.

Após o treinamento o consultor estará na empresa para estabelecimento e treinamento dos Comitês de Ergonomia e participação das primeiras reuniões de área e de bancada do Comitê.

 

REUNIÕES MENSAIS

Existem basicamente dois tipos de reunião a serem realizadas:

  1. Reunião de visita a área

É por onde se inicia os trabalhos dos COERGOS.

Após a seleção das áreas mais criticas, marca-se a primeira reunião no setor a ser analisado, seguindo-se posto a posto de trabalho, o fluxograma de produção daquele setor.

A análise de cada posto, deverá sempre ser iniciada com um esclarecimento ao empregado do posto sobre o que se esta realizando, e procurando-se detectar quais são os problemas ou dificuldades que ele encontra para executar sua tarefa. Devemos sempre nos lembra, que certas situações são realizadas esporadicamente, e não necessariamente durante a visita do COERGO.

Portanto somente com a ajuda do colaborador do posto, poderemos identificar as situações mais críticas e mais penosas para ele. Lembre-se o maior beneficiado com a ergonomia deverá ser o colaborador, pois sua opinião sobre as melhorias implantadas e seus benefícios, sempre serão a validação mais importante para o COERGO.

Neste momento todo o grupo avalia cada atividade, discutindo os problemas encontrados, as possíveis causas destas inadequações, e uma orientação inicial para solução do problema.

A pratica mostra que geralmente após uma ou duas reuniões deste tipo, o grupo já terá a cobertura do fluxograma produtivo, ou parte dele, do setor que esta sendo avaliado, neste momento é que deveremos agendar a reunião de bancada.

 

2.REUNIÃO DE BANCADA

O comitê reuni-se para discussão mais aprofundada de cada inadequação encontrada. Nesta discussão deverão ser abordados os aspectos que determinam estas inadequações, quais a soluções possíveis e todas as suas implicações, como por exemplo a viabilidade técnica, produtiva, de custos, políticas, sociais, etc.

O COERGO deverá verificar antes da marcação de cada reunião de bancada, quais as outras áreas, que poderão estar envolvidas na discussão dos itens observados na reunião de visita a área, para serem convidados a participar da reunião.

O grupo deverá determinar as áreas responsáveis pela realização das melhorias e as datas previstas para sua conclusão.

Todas as reuniões de bancadas deverão iniciar com a leitura da última ata, com todas as pendências e evoluções conseguidas em cada item.

O grupo deverá determinar um profissional responsável pela anotação das pendências e a elaboração da ata do COERGO.

Sempre que possível, deverá ser feito o registro fotográfico das situações, antes de cada melhoria. Com o passar do tempo, haverá um acumulo de situação, dificultando a lembrança de cada uma delas, alem de promover um controle mais eficiente sobre cada circunstancia, podendo ser avaliado o antes e depois, a nível comparativo para validação das ações.

Tempos previstos para conclusão de cada etapa :

Fase l – Treinamento/capacitação durante 1 mês

Fase II Implantação 1 mês

Fase III Acompanhamento 1 a 8 meses. Após este período o grupo se

auto gerência com participação trimestral do consultor para atualização e

revisões, se necessário.

INVESTIGAÇÃO CONCEITUAL

MAPA CONCEITUAL

São estratégias, método e recurso esquemático para representar um conjunto de significados conceituais incluídos numa estrutura de proposições.

Pode ser aplicado visando o conhecimento e o estudo dos processos e produtos – Layout e Fluxo de Produção.

As diferenças entre as imagens representativas dos processos entre os operadores ou a própria representação de cada um dos membros pode ser reveladora de:

  • disfuncionamentos em termos de processo
  • variabilidade na execução das tarefas e da ausência de um sistematismo de processo
  • falta de conhecimento integral dos processos e das tarefas realizadas.

 

Muitas outras ações podem ser feitas sobre esse tema, para saber mais entre em contato conosco pelo e-mail george@laboreweb.com.br

 

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