Autor: George Coelho, Maringá, 11.02.2018
Adj. cujo teor é de fácil entendimento, que salta aos olhos, claro e evidente. Que não é suscetível de dúvidas, em que não há incerteza; evidente ou incontestável.
Admiro muito o filósofo brasileiro Nelson Rodrigues, que já dizia que o óbvio ulula, e que “Só os profetas enxergam o óbvio” por isso a clareza sempre deve ser ressaltada, e não devemos nos culpar nesse turbilhão de caos, por que há quem não queria ou saiba ouvir, e como disse Nelson, “o pior cego é o surdo”. O que me motivou a escrever esse artigo foram e são as inúmeras decisões obtusas tomadas que presenciei pela falha de percepção do que é o óbvio. As consequências das escolhas sempre aparecem de alguma forma e em algum tempo, mesmo diante da obvialidade e obtusidade.
O cérebro humano foi desenvolvido para resolver problemas e está o tempo todo procurando soluções, mas também têm um mecanismo de “apego”, que gera medo! Essa é a explicação que encontrei para entender o por que algumas pessoas não enxergam o óbvio. Mas medo de quê? Medo de romper! O rompimento causa dor, sofrimento, aborrecimento, tristeza e o mesmo cérebro criou mecanismos de defesa para fugir da dor e buscar o prazer. Berkley dizia que a forma primária de relação com o mundo é a percepção, numa espécie de representação com o mundo.
Sobre as escolhas obtusas, entendi de uma vez por todas, é que apenas quando o indivíduo tem a perspectiva real, ou seja, a certeza da consequência é que ele parte para o lado do óbvio, esquecendo o medo. É da matriz do direito que a certeza da pena é o fator de mudança do comportamento, por exemplo, um motorista não avança o sinal vermelho se ele souber que existe um radar instalado ali, por que irá levar uma multa. Age assim pelo óbvio e seu comportamento é direcionado pela certeza da pena. E assim o óbvio triunfa!
A vida é feita de ciclos, e sempre estamos iniciando, terminando e dentro de algum e sempre nos desenvolvendo e amadurecendo. É importante saber que em algum determinado ciclo o indivíduo não estava vendo aquilo daquela forma, apesar de ser óbvio para o Universo. Enfim, a conclusão que se chega é que: O ÓBVIO PRECISA SER DITO SEMPRE!!! Mesmo que seja claro e evidente!!! E a grande sacada para vivermos em eudaimonia é o autoconhecimento e a autoconsciência.